Witzel entra com pedido de habeas corpus para não depor na CPI da Covid

  • Wilson Witzel entra com pedido de habeas corpus no STF para não depor na CPI da Covid
  • Depoimento estava marcado para esta quarta (16)
  • Ex-governador do RJ pede que sua convocação seja transformada em convite para não ter obrigação de comparecer

O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Wizel (PSC) apresentou um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar sua convocação para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, marcada para quarta-feira (16).

Witzel pede ao STF para que sua convocação seja transformada em convite, para não ter obrigação a comparecer e falar a verdade. O ex-governador também quer ter o direito de ficar em silêncio, caso compareça à CPI.

A defesa do ex-governador alega que ele foi convocado para prestar esclarecimentos sobre operações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República “que se baseiam única e exclusivamente na palavra de um delator desguarnecido de qualquer prova para comprovar suas alegações.”

“Desta forma, fica evidente que a convocação do paciente na qualidade de testemunha, configura verdadeiro subterfugio ilegal para obrigar o paciente a comparecer compulsoriamente para prestar depoimento perante a CPI”, afirma a defesa do ex-governador.

Wilson Witzel foi afastado do cargo por suspeitas de integrar organização criminosa que praticou irregularidades na área da saúde do estado.

Na semana passada, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). A decisão permitiu ao governador não comparecer para depor na comissão na quinta (10).

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD), anunciou que a comissão ia recorrer e que o governador do Amazonas perdeu uma “oportunidade única”.

 

Logo após a aprovação do requerimento que o convocava para depor na CPI da Covid, Witzel disse à imprensa que ia “partir para o ataque”.

“Eu tenho os indícios e a CPI poderá investigar não apenas Bolsonaro, mas Aras e Lindora [Araújo, coordenadora da Lava-Jato na PGR], com quebras de sigilos e aí verificar se houve crime de responsabilidade do trio, interferindo em um Estado Federado”.

Saiba tudo o que rolou até agora na CPI da Covid

Próximos depoimentos

Na terça-feira (15), o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêllo, deve depor à CPI da Covid no Senado.

Wilson Lima e Campêllo foram alvos de uma operação da Polícia Federal, por desvios de recursos destinados ao combate à pandemia do coronavírus.

Na quinta-feira (17), será a vez do auditor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, que teria elaborado um “estudo paralelo” segundo o qual metade das mortes por covid-19 confirmadas pelos estados não teria ocorrido.

Na sexta-feira (18), os médicos defensores da cloroquina Dimas Zimmermann e Francisco Eduardo Aves.

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Fonte yahoo
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