ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE OUTUBRO DE 2020 TERÃO A MAIOR ABSTENÇÃO DA HISTÓRIA

Com a pandemia do coronavírus, muitos eleitores, principalmente os idosos e os residentes na zona rural, sairão de casa para votar. Por isso, o presidente do TSE, Ministro Luís Roberto Barroso,já fala em propor uma anistia aos ausentes do pleito.  Ou seja, o eleitor que não for votar, não será multado

 

Por Edson Rodrigues

 

Tendo em vistas as pesquisas em que a rejeição da população em relação aos políticos é a maior de todos os tempos em termos gerais, com pouquíssimas ressalvas, e juntando a isso o medo de se contaminar com a Covid-19, cuja probabilidade vem aumentando com o relaxamento do isolamento social e com estudos apontando o pico de contaminação na Região Norte para os meses de agosto e setembro, as eleições municipais deste ano podem ser consideradas quase que facultativas, ou seja, vota quem quiser.  Isso pode significar a maior abstenção da história política brasileira, principalmente nas cidades onde Executivo e Legislativo estiverem com a popularidade em baixa.

 

Não podemos esquecer, também, dos comícios, que podem nem acontecer por conta das proibições de aglomeração de pessoas, o que significa que caberá aos candidatos passarem um bom óleo de peroba na cara e calçarem um par de botinas resistentes e ir para as ruas, de porta em porta.

E isso não é bom par a democracia, pois,dependendo dos níveis de abstenção, o candidato eleito fica sem representação popular.

 

Já os candidatos que cumpriram bem suas funções , tanto no Executivo quanto no Legislativo, terão menos dificuldade em convocar os eleitores a comparecer às urnas por meio das redes sociais, uma vez que ninguém está disposto a ir em reunião, receber visitas e, muito menos, aceitar santinhos das mão de quem não conhece, por medo de contaminação.

 

O candidato terá que ser muito popular e querido para que os eleitores abram mão dessas medidas de segurança para recebê-los em casa ou aceitar seus panfletos.

 

FAKE NEWS X NOTÍCIAS DE CREDIBILIDADE

Os veículos de comunicação online e os impressos serão o melhor caminho para que os candidatos levem suas plataformas, propostas, projetos e programas de governo até os eleitores.  Os debates, se acontecerem, terão que ser virtuais, com cada um em sua casa e contando com uma internet perfeita, que não caia nem uma vez, pois um candidato que fique sem poder perguntar, responder, fazer uma réplica ou tréplica por conta das variações da rede, pode provocar uma situação que invalide toda a iniciativa.

 

Já para os candidatos despreparados, fichas sujas, estes terão uma dificuldade imensa em chamar a atenção para suas “lives” e desfazer os prejulgamentos que já existem sobre suas condutas.

 

Vale ressaltar que as fake news serão as principais armas do mal, pois até se provar que se tratam de notícias falsas, o estrago já estará feito.

Os atuais prefeitos que porventura tiveram operações das Polícias Federal e Civil, com ordem judicial em qualquer momento ou órgão de sua administração, estes estão à beira do precipício, pois seus adversários e a própria população, já têm em mãos armas contra eles e terão que gastar muito mais que os demais, em equipes de marketing de trincheira, ou seja, de guerra, mesmo, para ter como responder a isso seja aos eleitores, no face a face ou aos demais candidatos, nos debates virtuais.

 

Esses políticos com mandato e com a desconfiança pública sobre suas costas, terão que aguentar, quase que calados, aos ataques nas cidades onde haverá horário gratuito de Rádio e TV.

 

CAMPANHA ATÍPICA

Ante tudo o que já foi exposto acima, podemos afirmar com tranquilidade que as eleições municipais deste anos serão extremamente atípicas, em que a assessoria de marketing terá que ser tão boa ou melhor que o próprio candidato, assim como a assessoria jurídica da campanha.  Todos têm que ser altamente profissionais ou todo o dinheiro gasto com outros itens de campanha será gasto em vão.

 

Todo cuidado é pouco para que não sejam cometidos crimes eleitorais durante a campanha e acabar tendo o seu registro de candidatura contestado ou cassado, evitando a desagradável sensação de “ganhar e não levar”, ser eleito e não ser diplomado.  O trabalho das assessorias jurídica e de marketing terá que ser meticuloso e profissional, pois nesta eleição não haverá lugar para candidato “cru”.

 

Não se pode esquecer, também, de ter um ótimo profissional na parte de contabilidade da campanha, pois o Fundo Eleitoral será um dos itens mais fiscalizados neste pleito, e tudo tem que estar dentro do que manda a lei para as contas serem aprovadas ao fim do processo eleitoral.

 

Que todos tenham uma boa sorte nessa campanha, pois vão precisar!

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Fonte oparalelo13
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