Justiça arquiva inquérito contra senador Irajá por acusação de estupro

A juíza Tania da Silva Amorim Fiuza, do Departamento de Inquéritos Policiais do Foro Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo, determinou o arquivamento de um inquérito policial contra o senador Irajá (PSD-TO) por suspeita de estupro.

Uma jovem modelo acusava o parlamentar de ter cometido o crime em um flat na capital paulista em 2020. Ela contou ter perdido a consciência após beber em uma balada, acordar no imóvel e sofrer o abuso. Em seguida, ela se trancou em um banheiro e chamou ajuda de uma amiga por meio do celular.

O Ministério Público de São Paulo opinou pelo arquivamento do inquérito. “Por toda a investigação incansavelmente realizada, não foi possível identificar a prática de violência, própria ou imprópria, por parte do investigado”, diz o documento, assinado pela promotora Eliana Faleiros Vendramini Carneiro.

Nenhuma testemunha presenciou nada de anormal nos locais onde a vítima e o acusado estiveram na noite do ocorrido. Os documentos também mostravam que as partes marcaram seus encontros de maneira voluntária.

Colegas da vítima também confirmaram que a modelo estava alcoolizada, mas bem de saúde. Além disso, imagens mostraram a mulher chegando ao flat sozinha, entrando no elevador, mexendo no celular e conversando com o investigado.

“Nenhum elemento dos autos traz indícios de que a vítima tenha tido eventual resistência diminuída ou impossibilitada por um ato do investigado. Esse nexo causal não existe nos autos”, apontou Carneiro. A juíza acolheu a manifestação do MP-SP.

A defesa do senador Irajá ressalta que ele não cometeu “qualquer ilícito, atitude imoral ou inadequada”. De acordo com Daniel Leon Bialski e Bruno Garcia Borragine, do escritório Bialski Advogados Associados, “todas as provas evidenciaram de que não houve qualquer violência ou abuso, bem como se reconhecendo que a acusação era leviana”.

Clique aqui para ler a decisão
1534051-12.2020.8.26.0050

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Fonte conjur
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