Governo do Tocantins avança na construção da Ponte de Porto Nacional com lançamento de vigas e finaliza mais de 65% da maior obra de infraestrutura em andamento no Estado

O Governo do Tocantins começou a instalar, no final deste mês de maio, mais vigas pré-moldadas para dar continuidade nas obras de construção da ponte sobre o Rio Tocantins entre os municípios de Porto Nacional e Fátima. A obra recebeu investimento de R$ 149 milhões do Governo Estadual em parceria com o Banco de Brasília e está com mais de 65% de sua estrutura concluída, sendo a maior obra de infraestrutura em andamento no Tocantins.

“A instalação dessas vigas demonstra a seriedade com que o nosso governo vem executando esta obra, que é muito importante para a mobilidade dos portuenses, dos fatimenses e de todos que precisam daquela ponte, além do escoamento da produção na região central do Estado. Ela liga rodovias a outros transportes multimodais como a ferrovia e terminais portuários”, afirma o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacando a importância da obra.

Para o engenheiro da Agência Tocantinense de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto), Celso de Oliveira, que também é suplente da fiscalização do serviço de construção da ponte, a obra está bem adiantada, a fundação já está sendo finalizada e os pilares do lado de Porto Nacional já estão todos prontos, faltando apenas o lançamento das vigas pré-moldadas. “A fase de lançamento de viga está programada para ser concluída até a primeira quinzena de agosto, além da conclusão do balanço sucessivo, que liga a parte de Porto. Ficará faltando apenas o lado de Fátima, que também já está bastante adiantado”.

O engenheiro Douglas Pereira está à frente das obras. Ele é funcionário da Rivoli do Brasil SPA, empresa responsável por executar a construção da ponte e destaca que, neste mês de junho, serão concluídas todas as fundações da ponte sobre o Rio Tocantins e acrescenta que a fundação é o elemento estrutural que transfere as cargas da ponte para o solo. “Devido às cargas atuantes nessa ponte, foi necessário fazer alguns elementos circulares geometricamente parecidos com as colunas da edificações, só que elas são escavadas e concretadas em solo”, afirma.

As fundações executadas nesta obra, além de terem uma profundidade média de 30 metros, têm diâmetro variável entre 1,20 metro e 1,60 metro. Serão lançadas um total de 90 vigas. “No momento, estamos executando as atividades de lançamento das vigas pré-moldadas. Essas vigas têm comprimento de 42 metros e um peso de cerca de 120 toneladas. Esta etapa executiva exige muito planejamento e recursos diferenciados para o transporte [Carreta Especial] e para o lançamento com a Treliça Lançadeira [equipamento automotor capaz de vencer grandes vãos e com grande capacidade de suporte de cargas, utilizados em situações de difícil acesso em substituição aos guindastes], requerendo uma atenção ainda maior devido às curvas do acesso da ponte”, ressalta Douglas Pereira.

A estrutura de concreto da ponte que está sendo construída sobre o Rio Tocantins possui 1.088 metros, além do encabeçamento de 200 metros de cada lado, totalizando 1.488 metros. “Essa ponte tem dois pórticos centrais em rio, cuja superestrutura é composta por Balanços Sucessivos, que permitem ter um vão livre de 153 metros sem pilares e altura em relação ao N.A. de 25 metros executada no intuito de atender um gabarito de navegação de 137 metros x 15 metros [pode-se observar a estrutura com 99% concluída já do lado de Porto Nacional). Isso também é algo que diferencia muito esta Obra de Arte Especial de outras pontes. Está sendo um privilégio para a Rivoli do Brasil SPA contribuir com este momento histórico do Tocantins”, reforça o engenheiro Douglas Pereira.

A ponte está sendo construída como uma alternativa segura à já existente ponte sobre o Rio Tocantins, construída em 1970 e interditada parcialmente desde 2011. Atualmente, a travessia de veículos pesados está sendo realizada por meio de balsa. A nova ponte está sendo aguardada com muita expectativa, sobretudo por parte dos caminhoneiros que precisam atravessar o rio. “Quanto antes a ponte ficar pronta, melhor será para os moradores da região. Deu para perceber que, neste ano, as obras avançaram muito. Estou na expectativa de voltar a atravessar o rio sem precisar pegar balsa”, ressalta o autônomo Manoel Bandeira.

“A obra está com um avanço considerável. Estamos trabalhando a todo vapor. Quem tem acompanhado a obra, tem presenciado o bom desenvolvimento e constância da obra em 2023. Estamos trabalhando para que, no início de 2024, estejamos com toda a ponte executada para poder dedicar atenção apenas ao revestimento, acabamento e sinalizações”, projeta o engenheiro Douglas Pereira.

Edição: Caroline Spricigo

Revisão Textual: Marynne Juliate