Sobe para 40% parcela da população que considera gestão Bolsonaro como ‘ruim ou péssima’

A parcela da população que reprova o governo de Jair Bolsonaro aumentou pela primeira vez desde março de 2020, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18) pela XP Investimento em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).

O levantamento aponta que a fatia que considera a gestão como “ruim ou péssima” passou de 35% em dezembro para 40% em janeiro – percentual semelhante ao início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, em abril de 2020.

Por outro lado, caiu de 38% para 32% a parcela que avalia a administração do governo como “ótima ou boa”. É a primeira vez desde julho em que a avaliação negativa supera a positiva.

Os índices são semelhantes à percepção dos brasileiros sobre a atuação do presidente para enfrentar a covid-19. A pesquisa aponta que 52% consideram “ruim ou péssima” – quatro pontos percentuais a mais que em dezembro de 2020.

Cerca de 50% dos entrevistados defendem ainda que o governo recrie um benefício semelhante ao auxílio emergencial por mais alguns meses. Mas apenas 27% dizem acreditar que o governo retomará o benefício.

Criado em abril pelo Congresso, o auxílio emergencial de R$ 600, tinha como objetivo ajudar trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, MEIs e desempregados durante a crise gerada pela pandemia do coronavírus. O governo federal não prorrogou o benefício para 2021.

Na pesquisa XP, foram entrevistadas 1.000 pessoas de todo o país, no período de 11 a 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

VACINAÇÃO

Entre os entrevistados, 60% afirmaram que com certeza vão se vacinar contra o coronavírus. Entre os eleitores declarados que votaram em Bolsonaro em 2018, 58% dizem que irão se imunizar com certeza, enquanto esse percentual é de 78% entre os eleitores dos demais candidatos a Presidência na última eleição.

ELEIÇÕES

Eleições

Apesar da avaliação negativa, Bolsonaro segue na liderança na disputa presidencial de 2022, tanto na pesquisa espontânea como na estimulada, quando são mencionados nomes dos candidatos. O presidente atinge 28% das intenções de voto, à frente de Sergio Moro, seu ex-ministro da Justiça e Segurança (12%), Ciro Gomes (11%) e Fernando Haddad (11%).

Já na pesquisa espontânea, quando não há apresentação de candidatos, Bolsonaro se mantém na liderança com 22% – abaixo do registrado em dezembro, quando tinha 24% das intenções de voto.

A pesquisa de janeiro indica que Bolsonaro perderia para Moro no segundo turno, que bateria o atual presidente por 36% a 33%. No último levantamento, os dados apontavam que o presidente derrotaria seu ex-ministro. Bolsonaro, no entanto, ganha numericamente de todos os outros cenários de segundo turno em que é testado.

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