Roberto Jefferson deixa presídio pela segunda vez para realizar exames

Ministro Alexandre de Moraes autorizou sua transferência imediata para hospital particular após sintomas de gripe e suspeita de trombose

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta terça-feira (18), que o ex-deputado federal Roberto Jefferson deixe o Complexo Penitenciário de Gericinó para tratar problemas de saúde em um hospital particular na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Segundo a defesa de Jefferson, o ex-deputado está com sintomas de gripe e uma suspeita de trombose. Segundo seu advogado, Luiz Gustavo da Cunha, o sistema penitenciário não realiza o exame solicitado pelos médicos do preso. O ex-deputado deu entrada no hospital na noite desta terça-feira.

No requerimento da defesa, um relatório da equipe médica que acompanha Jefferson afirma que um exame recente do paciente acusou um valor elevado no D-Dínamo, um marcador que avalia o risco de trombose. Somado ao histórico hospitalar de Jefferson, os médicos pedem a transferência imediata para o hospital, “sob pena de agravamento irreversível do seu estado de saúde, que poderá resultar em risco de morte”.

Preso desde agosto do ano passado, essa será a segunda vez que o ex-deputado deixa o presídio para tratar de problemas de saúde. Em setembro do ano passado, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico para tratar uma doença coronariana, no Hospital Samaritano da Barra da Tijuca.

O advogado aponta que o histórico de saúde do ex-deputado é conturbado, e afirma que é urgente a necessidade de cuidados especializados ao preso, para que o estado de saúde não seja agravado.

“É um senhor, de 68 anos. Ele tem comorbidades, é diabético, já teve quatro cânceres, diversas cirurgias, uma recente de stent, e agora está com suspeita de trombose venosa e síndrome gripal. E a autorização não é para internação, é só para realizar exames, mas acredito que os médicos não cometerão a irresponsabilidade de dar alta para um paciente nessa situação.”, afirma o advogado.

Apesar da autorização, o ministro determinou ainda que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (SEAP) realize um laudo médico apontando a capacidade ou não do hospital penitenciário tratar o interno.

Na decisão, Moraes determinou que “o preso deverá ser acompanhado por escolta e retornar ao estabelecimento prisional após a realização dos exames apontados como necessários, sendo permitido seu contato somente com a equipe médica e de enfermagem.”.

(*Sob supervisão de Isabelle Resende)

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Fonte cnnbrasil
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