Hospital da Marinha terá que devolver dinheiro usado para comprar genérico do Viagra

Segundo o Tribunal de Contas da União, houve superfaturamento de 143% na compra dos medicamentos; compra foi feita durante governo Bolsonaro

Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, devolva aos cofres públicos o valor de R$ 27,8 mil usados na compra de 15.120 comprimidos de citrato de sildenafila, genérico do Viagra, destinados à Marinha.

A decisão é baseada em uma compra feita por meio de pregão eletrônico, em 2020. Segundo o TCU, o valor pago pela unidade da medicação foi de R$ 3,65, 143% superior ao valor médio no Painel de Preços do governo federal, que na data da compra era de de R$ 1,81.

O processo que apurou o superfaturamento na compra é resultado de representação feira em abril de 2022 pelo ex-deputado Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO).

O TCU deu prazo de 90 dias para que o hospital “adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e obtenção do ressarcimento do dano causado ao erário, em valores atualizados”.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Defesa, responsável pelo Hospital Naval, não se pronunciou.

O TCU apura ainda indícios de outro superfaturamento na compra de mais de 11 milhões de comprimidos do genérico do Viagra entre 2019 e 2022. Segundo Elias Vaz, autor da representação enviada ao tribunal, o prejuízo aos cofres públicos pode passar de R$ 28 milhões.

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