China e EUA anunciam trégua ao final do G20
Países concordam em reiniciar discussões comerciais e evitar novas imposições de tarifas. Trump também diz que vai levantar bloqueio contra Huawei.
Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, concordaram neste sábado (29/06) em retomar negociações comerciais após uma reunião bilateral, que ocorreu no último dia do encontro de cúpula do G20 em Osaka, no Japão.
“Tivemos uma reunião muito boa com o presidente chinês Xi. Eu diria que excelente”, afirmou Trump. A agência de notícias chinesa Xinhua, por sua vez, informou que as negociações, interrompidas em maio, serão retomadas e que Washington desistiu da ameaça de impor novas tarifas de importação que teriam afetado 500 bilhões de dólares em produtos chineses importados.
“Estamos de volta aos trilhos e vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres, depois de uma reunião de 80 minutos com o presidente chinês.
A trégua é similar à que foi declarada pelos dois presidentes na cúpula do G20 do ano passado em Buenos Aires, embora meses depois a guerra comercial tenha recomeçado. Trump disse que, apesar de não pretender suspender as tarifas de importação existentes, ele vai evitar impor novas cobranças em bens chineses adicionais.

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“Estamos segurando as tarifas e eles comprarão produtos agrícolas”, disse, sem dar detalhes sobre compras futuras de produtos agrícolas pela China. “Se chegarmos a um acordo, será um evento muito histórico.”
Trump não estabeleceu um cronograma para o que chamou de acordo complexo, mas disse que não estava com pressa. “Quero fazer direito”, afirmou.
O presidente americano também falou, sem entrar em detalhes, sobre a possibilidade de suavizar o veto ao grupo tecnológico chinês Huawei, mas sem explicar se isto significa uma mudança de postura efetiva de Washington em relação à empresa.
“Nós acordamos que as empresas americanas podem vender produtos para a Huawei”, disse Trump, sem especificar se a companhia será removida da lista do Tesouro dos EUA onde estão incluídas empresas vetadas de fazer negócios com os americanos.
JPS/efe/rt/afp
