Após críticas sobre LDO, Marcelo Ramos se declara oposição a Bolsonaro

"Eles estão acostumados a gritar. Aqui não. Pode vir quente,” disse Ramos após críticas de Bolsonaro

A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias vem causando uma série de discussões em Brasília. No final de semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o vice-presidente da Câmara,  Marcelo Ramos (PL-AM), que agora se declara como oposição ao governo. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.

Ramos estava presidindo a sessão que sancionou a LDO e o fundo eleitoral de quase R$ 6 bilhões, o que gerou crítica de parte do Congresso e da opinião pública. A proposta foi votada até mesmo por bolsonaristas, o que motivou reação nas redes sociais.

Após a reação negativa do público, Bolsonaro começou a falar abertamente contra o valor aprovado para o fundo eleitoral e a culpar Ramos pela aprovação.

O vice-presidente da Câmara não gostou das falas do presidente e reprovou o silêncio da cúpula do Congresso, já que, segundo ele, o regimento foi seguido à risca – o destaque para o veto aos valores do fundo eleitoral foi colocado em votação e não foi aprovada. Ele entende como prerrogativa do Parlamento a defesa de seus membros e do regimento interno.

Ramos já entrou em contato com a cúpula do PL para avisar que agora se coloca como oposição ao governo e diz que o presidente cria artifícios para tentar vingar a própria família, já que seus filhos participaram da votação da LDO.

“Eles estão acostumados a gritar. Aqui não. Pode vir quente,” disse Ramos após críticas de Bolsonaro.

Como maneira de firmar seu novo posicionamento, Ramos solicitou cópia de todos os 126 pedidos de impeachment que estão sob a guarda do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ramos disse que vai estudar os casos e ver se há viabilidade política para o processo.

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Fonte cnnbrasil
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