Após troca de tiros, morre 18º criminoso suspeito de participar do ataque a Confresa (MT)

Homem ainda foi socorrido para o hospital de Marianópolis do Tocantins, mas não resistiu. Em 33 dias, Operação Canguçu contabiliza outros 18 criminosos mortos e cinco presos.

Foi confirmada a morte do 18º suspeito de participar do ataque a cidade de Confresa (MT). O homem foi baleado na tarde deste sábado (13) na área de buscas da Operação Canguçu e chegou a ser levado para o Hospital de Marianópolis do Tocantins, mas não resistiu.

A Operação Canguçu também contabiliza cinco presos, dois foram encontrados no cerco policial na zona rural do Tocantins. Outros três suspeitos de ajudarem no planejamento logístico foram capturados em Redenção (PA) e em Araguaína (TO) pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Esta última troca de tiros foi entre criminosos e equipes da Força Tática do 1º Batalhão da Polícia Militar do Tocantins. O confronto aconteceu em uma área na zona rural de Pium, entre a fazenda Terra Boa e o assentamento Barranco do Mundo, por volta de 13h.

Segundo o coronel Francinaldo Bó, da PM do Tocantins, o suspeito foi localizado depois que moradores da região avistaram uma pessoa suspeita andando em uma estrada rural.

O criminoso seria um homem que foi avistado fugindo pelo rio Javaés, em uma embarcação, após a tentativa de assalto em Confresa (MT).

“No período da tarde, policiais militares em incursão na mata se depararam com um elemento que atirou de forma inesperada contra os policiais. Esses policiais revidaram a injusta agressão. Posteriormente, avistaram esse homem caído ao solo. Ele foi socorrido para o hospital local de Marianópolis, onde posteriormente foi constatado seu óbito”, disse o coronel.

Ambulância transportando suspeito baleado em confronto — Foto: PM/Divulgação

A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores e fugirem para a zona rural do Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada.

A busca pelos assaltantes é feita por uma força-tarefa de mais de 300 policiais de cinco estados. Os criminosos estão cercados e sem saída. Eles chegaram a ficar dias escondidos na copa das árvores e têm se alimentando de espigas de milho e sal de ureia, usado na alimentação de gado.

Essa é considerada pela polícia uma das maiores operações para capturar criminosos do país. Tanto o comando da operação como os governadores dos estados envolvidos afirmam que as buscas devem continuar até que o último suspeito seja localizado.

A tecnologia tem ajudado no trabalho da força-tarefa montada para perseguir o bando. Os policiais têm utilizado binóculos com visão noturna e drones com câmeras termais para localizar os criminosos.

Operação Canguçu

 

Munições usadas em armamento de uso restrito foram apreendidas durante operação Canguçu — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais. São mais de 300 policiais de cinco estados.

Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.

Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.

Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.

As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.

Criminoso usava sacos de fibras sintéticas para tentar despistar a polícia — Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Fonte globo
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