Fechamento de Mercado: Ibovespa interrompe sequência de quedas
A sessão desta terça-feira foi de comportamentos mistos na Europa e em NY. Na Alemanha, os mercados digeriram dados de expectativas econômicas e a inflação ao consumidor de dezembro, com leituras que contribuíram para o fechamento positivo na bolsa em Frankfurt.
No entanto, os mercados globais repercutiram a desaceleração no crescimento chinês, que reportou PIB de 3% em 2022, abaixo da meta do governo de 5,5%, em reflexo ao programa de covid zero. Entretanto, a abrupta reabertura recente possibilita um crescimento mais forte em 2023. Nos EUA, a safra de balanços teve números distintos entre os bancos, com o Goldman Sachs reportando um 4T22 abaixo das expectativas do consenso, enquanto o Morgan Stanley superou as projeções.
Assim, os mercados por lá, encerraram o dia indefinidos. Aqui no Brasil, a sessão foi de apetite por risco. O minério de ferro recuou na madrugada e segurou um movimento mais forte do índice, uma vez que a Vale, com mais de 16% de participação no Ibovespa, encerrou próxima a estabilidade. Enquanto a alta do petróleo empurrou a Petrobras para os destaques positivos, impulsionando o Ibovespa a apresentar alta de 2%, encerrando o dia aos 111.439 pontos e giro financeiro de R$ 24,6 bilhões.
Ajudou para o desempenho positivo dos ativos de risco os comentários do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. As falas de que até abril deve ser apresentado o arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos, bem como o avanço de uma reforma
tributária foram bem recebidos pelo mercado, evidenciado na descompressão de risco, haja vista, a queda dos vencimentos dos juros futuros na curva à termo.
Além disso, no câmbio, o real apresentou um dos melhores desempenhos frente ao dólar quando comparado a uma cesta de 33 moedas. Ao final do pregão, o dólar tinha depreciação de 0,84% aos R$ 5,11. Para amanhã, a agenda local é mais esvaziada, enquanto nos EUA são aguardados dados de atividade e a divulgação do Livro Bege.