Violência em Beirute é revés, mas será superada, diz premiê libanês

Por Laila Bassam e Maha El Dahan

BEIRUTE (Reuters) – O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, afirmou nesta quinta-feira que a violência é um revés para o país, mas será superada, acrescentando que seu gabinete está trabalhando para providenciar os dados financeiros necessários ao Fundo Monetário Internacional (FMI) antes das negociações para retirar o país de um colapso econômico.

Mikati falou à Reuters após um tiroteio mortal abalar a capital Beirute, deixando seis muçulmanos xiitas mortos. A cidade sofre com a maior onda de violência urbana em mais de uma década, após um acúmulo de tensões com uma investigação sobre uma gigantesca explosão na cidade no passado.

“O Líbano está passando por uma fase difícil, não é fácil. Somos como um paciente na frente de um pronto socorro”, disse Mikati em entrevista.

“Temos muitos estágios depois disso para completar a recuperação”, afirmou o premiê, dizendo que o Banco Central do país não tem liquidez de moeda estrangeira que possa ser utilizada.

O gabinete de Mikati tomou posse no mês passado após um ano de impasse político com foco em retomar as negociações com o FMI para retirar o país de uma profunda crise financeira que afundou mais de três quartos da população do país na pobreza.

Mas o atual governo ficou ameaçado com uma disputa que se arrasta a meses sobre o responsável pela investigação do incidente no porto de Beirute, após ministros xiitas, aliados aos movimentos Hezbollah e Amal e contrários ao juiz, exigirem sua retirada do caso.

“Todos os que querem renunciar devem tomar responsabilidade por sua decisão”, disse Mikati ao ser perguntado sobre se os ministros que haviam ameaçado deixar o governo por conta da exigência.

O premiê disse que não é o trabalho dos políticos interferir no Judiciário, que deveria corrigir seus próprios erros.

(Reportagem de Maha El Dahan e Laila Bassam)

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