Bélgica entra no radar com membros da UE defendendo banir diamantes russos

Por Gabriela Baczynska e Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) – A União Europeia precisa parar de importar diamantes da Rússia, disseram cinco dos 27 países do bloco em uma proposta conjunta vista pela Reuters, à medida que a UE prepara novas sanções contra Moscou por travar uma guerra contra a Ucrânia.

A UE, que até o momento implementou seis rodadas de sanções desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, precisa de unanimidade para aprovar qualquer banimento que a Bélgica – lar do maior centro de comércio de diamantes do mundo, a Antuérpia – tenha rejeitado no passado.

O bloco foi estimulado a implementar novas ações depois que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou uma mobilização militar parcial na semana passada e se movimentou para anexar partes do leste da Ucrânia.

A Comissão Europeia executiva da UE deve apresentar uma proposta formal aos Estados-membros para implementar mais sanções nesta semana.

Polônia, Irlanda, Lituânia, Estônia e Letônia propuseram introduzir um banimento às importações de diamantes da Rússia, onde o grupo Alrosa é o maior produtor mundial de pedras brutas.

O Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia disse que as sanções tirariam cerca de 30% dos negócios e beneficiariam centros comerciais rivais, acrescentando que os clientes devem ter a liberdade de decidir se querem pedras russas.

O Ministério das Relações Exteriores da Bélgica e seu representante diplomático na UE não responderam aos pedidos de comentários.

Mas em 14 de setembro o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, disse que tal proibição representaria uma “grande perda” e prejudicaria um setor que responde por 5% das exportações da Bélgica e mantém cerca de 30 mil empregos.

Uma autoridade da UE e um diplomata envolvidos nos preparativos para as novas medidas contra a Rússia disseram, no entanto, que a Bélgica deve agora suspender seu veto.

Seguindo a proposta da Comissão sobre novas sanções, diplomatas e ministros negociarão até chegarem a um consenso, caso contrário o assunto será levado aos 27 líderes nacionais na reunião em Praga, que acontecerá nos dias 6 e 7 de outubro.

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