Casos de Covid-19 dobraram na Câmara; no Senado, trabalho volta a ser remoto

Registros da doença aumentaram entre trabalhadores e parlamentares das duas Casas

Dados repassados à CNN pela Câmara dos Deputados mostram que o número de parlamentares, servidores e terceirizados da Casa com Covid-19 praticamente dobrou em fevereiro, quando comparado com o mês anterior, subindo de 58 para 105.

Relatos de alguns trabalhadores da Câmara ouvidos pela reportagem relacionam o aumento de casos do novo coronavírus com a volta de parlamentares e servidores ao trabalho presencial.

No início do fevereiro, a Câmara aprovou um projeto de resolução para que, após quase um ano de votações remotas, um sistema híbrido de votações passasse a valer, com participação presencial e remota dos deputados.

Após o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), publicar decreto determinando apenas serviços essenciais em Brasília, a Câmara proibiu o acesso de visitantes, mas o trabalho presencial de alguns deputados e servidores continua.

Além disso, alguns reclamam das visitas de prefeitos que aconteceram na semana passada, em busca de emendas ao Orçamento.

“Na semana passada, tinha dia com mais de mil visitantes na Casa. Gabinetes precisaram ser fechados e desinfectados”, disse um servidor que trabalha no Anexo 2. Questionada sobre as visitas, a Câmara afirmou que “desde o início da pandemia, a Casa adotou um Protocolo de Conduta que estabelece uma série de medidas preventivas à Covid-19 para trazer segurança àqueles que necessitem ir às dependências físicas da Casa”.

Senado

Questionado sobre o número de funcionários e parlamentares com coronavírus nos últimos meses, o Senado Federal informou apenas que “não tem como praxe a divulgação de balanço de casos de Covid-19”.

No entanto, nas últimas 24 horas, três senadores informaram terem testado positivo para a doença: Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Lasier Martins (Podemos-SP) e Major Olímpio (PSL-SP). Além deles, o senador Cid Gomes (PDT-CE) afirmou estar com sintomas da doença e que aguarda resultado de exame.

Desde o início da pandemia, dois senadores morreram por complicações da doença, José Maranhão (MDB-PB) e Arolde de Oliveira (PSD-RJ).

Nesta terça-feira, durante sessão na Casa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que após a aprovação da proposta de emenda à Constituição, conhecida como PEC Emergencial, marcada para esta quarta (3), os trabalhos voltarão a ser remotos e não mais semipresenciais.

A intenção, segundo, Pacheco, é preservar a saúde dos parlamentares e trabalhadores.

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Fonte cnnbrasil
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