Kátia integra comitiva de Mourão que viaja à Amazônia para mostrar ‘real problema’

Embaixadores de vários países também integram a comitiva.

O vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB) embarca, nesta quarta-feira (8/9), para a Amazônia Oriental – especificamente, ao Estado do Pará, para mostrar os problemas ambientais da região. O roteiro inclui os municípios de Parauapebas, Carajás, Altamira, Medicilândia e Belém.

Mourão estará acompanhado da senadora do Tocantins Kátia Abreu (PP) e 11 embaixadores do Japão, Espanha, União Europeia, Angola, Paraguai, França, Índia, Uruguai, Reino Unido e Suíça, além de representantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Kátia Abreu já foi ministra da Agricultura e é a atual presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defensa Nacional do Senado Federal.

Na 6ª reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, em 24 de agosto, Mourão disse que os embaixadores terão a oportunidade de ver o “real problema” da floresta durante a viagem.

“No ano passado, nós levamos os embaixadores à Amazônia Ocidental. A Amazônia Ocidental, em grande parte, 90% ou 95% preservada. Agora vamos levar na Amazônia Oriental, onde se encontram realmente os maiores problemas”, disse o general.

De acordo com o vice-presidente, os embaixadores poderão analisar o terreno para entender como funciona a Amazônia. “Vão ter condições de avaliar efetivamente, olhando o terreno, o que acontece e o que deixa de acontecer”, declarou.

“O que nós pretendemos mostrar: um projeto de mineração correto e uma área que não está correta. Mostrar os trabalhos de pesquisa e de inovação que são feitos com base nos institutos que temos na região de Belém do Pará. Assim como também vão visitar áreas de madeireiras ali na região de Santarém e vão ver madeireira que está ok e madeireira que não está ok”, explicou o vice-presidente.

A ida acontece poucos dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o próprio Mourão e alguns ministros terem feito várias declarações criticando a visão que países do exterior têm do Brasil quanto ao meio ambiente.

Veja a programação completa:

8 de setembro
– Partida de Brasília para Parauapebas – Carajás (PA);
– Sobrevoo sobre a Flona – Floresta Nacional de Carajás (PA);
– Exposição sobre as operações da Vale e visita às operações de mineração, em Carajás (PA);
– Deslocamento aéreo para Belém (PA);
– Recepção de boas-vindas oferecida pelo Governo do Pará, em Belém (PA).

9 de setembro
– Deslocamento para Altamira (PA);
– Visita à Usina de Belo Monte e sobrevoo sobre a Volta Grande do Xingu;
– Visita à unidade de processamento de cacau – Gencal, Altamira (PA);
– Deslocamento aéreo para Belém (PA).

10 de setembro
– Visita à Fundação Evandro Chagas, Belém (PA);
– Visita ao Museu Emílio Goeldi, Belém (PA);
– Coletiva de Imprensa;
– Almoço;
– Retorno a Brasília (DF).

Atual situação

Segundo o último levantamento feito pelo Inpe divulgado no dia 5 de agosto, 8.712 km² foram devastados no acumulado entre agosto de 2020 e 30 de julho deste ano. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, esse número havia ficado em 9.216 km². Mesmo com a redução de 5% entre uma temporada e outra, a devastação continua alta.

“Os três recordes da série foram batidos no governo Bolsonaro, no qual os alertas são 69,8% maiores que a média dos anos anteriores. O resultado indica que o desmatamento anual deverá, pela terceira vez, ficar próximo de 10 mil km², o que não ocorria desde 2008”, indica o Observatório do Clima.

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba as áreas dos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão.

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Fonte afnoticias
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