Bombeiros e Defesa Civil intensificam ações diante da covid-19 e de incêndios florestais no Tocantins

Com o aumento do número de infectados pela covid-19 no Tocantins, a busca pelo bem-estar da população nas cidades onde há mais casos da doença tornou-se um dos maiores desafios para o Corpo de Bombeiros Militar (CBMTO) e a Defesa Civil Estadual. A forma de atuação diária contra a pandemia entra na lista dos casos inéditos de atuação e planejamento de ações, na história das duas forças.

Na primeira etapa de sanitização realizada entre 18 de maio e 27 de junho deste ano, 27 cidades foram alcançadas com aplicação de produto à base de hipoclorito de sódio e água, em locais de maior fluxo de pessoas, como agências bancárias, pontos de ônibus, feiras livres, terminais rodoviários, praças públicas e outros.

Para executar essa missão determinada pelo governador Mauro Carlesse, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Reginaldo Leandro da Silva, colocou à disposição 50 bombeiros militares dos três batalhões (Palmas, Araguaína e Gurupi), bem como das companhias nas regiões central, norte e sul do Estado. Os profissionais atuaram por noite, com cerca de 20 veículos munidos de bomba d’água. As ações ficaram sob supervisão do tenente-coronel Erisvaldo Alves, coordenador-adjunto da Defesa Civil do Tocantins. “É uma ação que veio em um momento crítico para o mundo. O CBMTO e a Defesa Civil Estadual se colocaram na posição de fazer algo a mais, mesmo com as demandas que ambas as forças já desenvolvem no dia a dia, e procuram dar a contribuição para que a sociedade tocantinense supere essa pandemia o mais rápido possível”, frisou o tenente-coronel Erisvaldo.

Ao longo de quase 40 dias de sanitização, os bombeiros militares aplicaram cerca de 250 mil litros de solução descontaminante. Estima-se que só de hipoclorito de sódio líquido, base da mistura, tenha sido utilizado em torno de 10 mil litros.

“Esse desastre biológico demanda uma grande logística. Por isso, a Defesa Civil Estadual também está envolvida nesta ação. Tudo foi feito com a segurança necessária e a gente parabeniza os bombeiros militares que estiveram à frente das escalas com muito comprometimento e cuidado”, destacou o coronel Reginaldo Leandro da Silva, coordenador estadual de Defesa Civil e comandante do CBMTO.

“O mais importante é que todo cidadão use sua máscara, faça a higienização lavando as mãos com água e sabão e use álcool em gel, além de manter o distanciamento social. Essas são as recomendações essenciais, a princípio”, afirmou o coronel Leandro.

Outros combates

A contribuição da Defesa Civil Estadual ocorre também no combate direto aos incêndios florestais e na formação de centenas de brigadistas. Com a implantação das Brigadas Municipais, as cidades passaram a ter equipe pronta, na intenção de dar a primeira resposta em tempo hábil para controle e contenção dos incêndios, seja na zona urbana ou na zona rural.

Sessenta e quatro prefeituras já têm o Termo de Cooperação Técnica assinado com o CBMTO e a Defesa Civil Estadual, referente aos anos de 2018, 2019 e 2020, somando 735 brigadistas. Desse volume, 30% têm contratos de trabalho firmados e estão atuando no interior.

Também foram capacitados 210 militares do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil, sediados em Palmas. A ideia é que eles também possam atuar nos combates, mesmo em suas respectivas áreas físicas e adjacências.

Segundo o tenente-coronel Erisvaldo de Oliveira Alves, coordenador adjunto de Defesa Civil Estadual, só este ano, a Defesa Civil Estadual já formou 531 brigadistas, apesar do advento da pandemia, que tem exigido a atenção e a colaboração de todos. “A Prefeitura que assinou o Termo de Cooperação tem que contratar um número mínimo de brigadistas, conforme a definição do Conselho Estadual do Meio Ambiente, pelo período de três meses, quando as queimadas em nosso Estado têm maior intensidade”, pontuou o tenente-coronel Alves.

A Defesa Civil estima que 500 brigadistas estejam em plena atividade em apoio à diminuição dos prejuízos que devastam florestas, pastos, animais, pássaros, casas e outros bens nos quatro cantos do Tocantins.

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Fonte conexaoto
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