5 pontos que Zubeldía deve ter visto nas arquibancadas de Atlético-GO x São Paulo

Tricolor esfria clima de crise para jogo decisivo na Libertadores e consegue os primeiros três pontos no Brasileirão

Com Luis Zubeldía ainda nas arquibancadas, o São Paulo venceu o Atlético-GO, fora de casa, neste domingo (21). O time — comandado pelo interino Milton Cruz — venceu o Dragão por 3 a 0 em um jogo marcado pelo domínio dos visitantes, sobretudo após as duas expulsões da equipe adversária.

Mesmo com o roteiro do jogo muito condicionado pela superioridade numérica no segundo tempo, a atuação deixou lições para o treinador argentino. Nesse sentido, veja abaixo os principais destaques positivos e negativos da primeira vitória do Tricolor Paulista no Brasileirão 2024.

1. Alan Franco pela esquerda

Quando chegou, no início de 2023, Alan Franco teve um início ruim de trajetória no São Paulo. Teve alguns jogos como titular, depois foi para o banco. Entretanto, fechou o ano transmitindo sensação completamente diferente. É mais rápido que Nahuel Ferraresi e se sente muito mais a vontade com a bola no pé do que Diego Costa, sobretudo do lado esquerdo.

 

Em linha de quatro defensores, sua presença costuma tornar a bola aérea defensiva mais vulnerável. Em linha três, porém, isso não costuma ocorrer. É um dilema que o novo treinador precisará sanar e que pode mudar muito a ter um time que constrói melhor desde os primeiros metros do campo.

2. André Silva, o “faz-tudo”

Há semanas que André Silva pede passagem para figurar no time titular do Tricolor Paulista, para ter sequência. Jogou contra Novorizontino e Talleres mais fixo, como um “9 de ofício”, função que ele também pode fazer. Entretanto, mostrou-se ainda mais competente nos poucos minutos que teve junto a Calleri, contra Cobresal e Fortaleza.

Photo by Alexandre Schneider/Getty Images

Com o argentino segurando a defesa, ele tem liberdade para cair pelos lados e sair da área. Pressiona, se movimenta, sustenta a posse. Excelente “achado” do São Paulo no Campeonato Português. Merece continuidade entre os onze iniciais.

3. Problemas na proteção da meia-lua

Com três zagueiros, a escalação de Milton Cruz funcionou na proteção ao interior da área, sempre muito povoada. Os atletas do Tricolor Paulista conseguiram bloquear passes e finalizações na posição, limitando bem os espaços do dragão.

Entretanto, fora da área, o time mandante tinha liberdade razoável para achar passes ou arriscar finalizações. A “sorte” é que a pontaria do Atlético não estava em dia. Pablo Maia e Alisson tentavam se desdobrar para tirar espaço dos adversários, mas o trio de ataque não estava tão coordenado na fase defensiva para amenizar os riscos naquele setor.

4. Questão física

Nos poucos minutos de 11 contra 11 no segundo tempo, ficou clara a impressão de uma queda física dos atletas do São Paulo. Sobretudo nas alas, onde Welington e Igor Vinícius são muito exigidos fisicamente e foram, por muito tempo, as únicas opções disponíveis no elenco, em função de lesões. Saber rodar o elenco, em especial na sequência difícil que tem pela frente, será fundamental para Zubeldía.

 

5. Importância das alas

Welington e Igor Vinícius fizeram bons jogos. Ambos aproveitaram a maior liberdade da linha com três zagueiros, mas de diferentes formas. O ala-esquerdo buscou mais a profundidade, acertou os três cruzamentos que tentou e ganhou cinco de sete duelos individuais, segundo do SofaScore.

Já Igor Vinícius, além das idas à linha de fundo, também se arriscou por dentro, buscando construir e se associar fazendo um movimento em diagonal, em vez de se fixar na linha lateral, dando amplitude. Nenhum dos dois foi perfeito, mas mostraram qualidades importantes e merecem mais paciência da torcida.

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Fonte vamosaopaulo
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