Conheça a brasileira que fez os efeitos especiais de “O Rei Leão”

Nossa expectativa para o novo “Rei Leão” estava nas alturas (já contamos aqui o que achamos do filme), e muito por causa da Tatiane Leite, de 36 anos. Natural de Santo André, Tati trabalha há dois anos como artista de efeitos especiais em filmes de Hollywood, e esteve na equipe do novo live-action da Disney, que estreia nesta quinta, 18, nos cinemas de todo o País.

Em entrevista à Glamour, Tati contou que, desde 2017, é funcionária da Lola Visual Effects, empresa que produz efeitos especiais em computador para filmes e séries de grandes estúdios, como Warner BrosDisney Netflix.“Estas três são as distribuidoras e responsáveis pelo projeto. Mas, os efeitos especiais dos filmes são divididos em vários estúdios, uma vez que o trabalho é superminucioso e feito, literalmente, em camadas”, explica.

Sobre “O Rei Leão”, a designer foi direto ao ponto: “É uma tecnologia inédita, algo nunca antes visto”, diz ela, que se dedicou por semanas no novo lançamento da Disney. “Os efeitos foram feitos com óculos de realidade virtual, num ambiente completamente virtual. Foi muito desafiador, mas o resultado está impressionante. Tem que ver o filme no cinema e, preferencialmente, em 3D”, indica.

Tati não pode dizer em qual pedaço de “O Rei Leão” ela colocou a mão (“A confidencialidade é regra máxima”) e até as cenas chegarem ao estúdio, nunca sabe em qual fime vai colaborar. Além do clássico da Disney, a paulista já trabalhou nos efeitos especiais de “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” (do universo literário de Harry Potter), “Missão Impossível: Efeito Fallout”, “Homem-Formiga e a Vespa” e “Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível”.

Como ela chegou até Hollywood? Ainda no Brasil, em 2008, Tati se formou em Engenharia da Computação na Unicamp. Quatro anos e um mestrado em Computação Gráfica (também na Unicamp) depois, fez as malas para Los Angeles e foi estudar Entretenimento na Universidade da Califórnia. Para ajudar a se manter em Los Angeles, foi trabalhar em uma empresa de jogos digitais educativos e foi professora auxiliar na Universidade – o que lhe garantiu uma bolsa de estudos. “Estudante gringo se sente um bicho fora d’água, mas é preciso mostrar comprometimento e interesse aos professores. Eles podem ajudar – e muito!” Depois, focou em turbinar o portfólio fazendo freelancer em produtoras independentes, até chegar à Lola Visual Effects.

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Fonte Glamour
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