Capes anuncia 3182 novas bolsas e Weintraub critica ‘alarde’ dos cortes

O Ministério da Educação anunciou a criação de 3182 novas bolsas de pós-graduação que serão concedidas até o final de 2019. A liberação foi anunciada por Abraham Weintraub, ministro da Educação, e pelo presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Anderson Correia, como um aporte adicional concedido pelo Ministério da Economia que não faz parte dos cortes adotados nos meses passados pelo Ministério – que estavam previstos nos planejamentos de 2018. Logo, as bolsas demandarão novos processos seletivos de cada universidade.

O critério para adquirir o benefício será o mérito, segundo o ministro , já que as 3182 bolsas serão concedidas para cursos com conceito superior a 5. Na explicação, Weintraub criticou o que classificou como ‘alarde’ da mídia em relação aos cortes anteriores porque o ministério havia apenas pedido dias para resolver o problema.

No dia 02 de setembro, a Capes anunciou um corte de 5.613 bolsas de estudo para a pós-graduação ainda em 2019. Os benefícios começariam a valer a partir de setembro e contemplariam novos pesquisadores já selecionados. Cerca de 11.800 foram suspensas pelo órgão em três diferentes anúncios ao longo do ano.

“A gente só vai dar a bolsa se a gente tiver uma convicção muito grande que a gente vai pagar. Como a gente não tinha a solução, pedimos alguns poucos dias, encontramos a solução e estamos soltando 3182 novas bolsas dos programas com as melhores notas”, afirmou. “Pro pessoal que alardeou que acabou a pesquisa no Brasil, vão ter que se retratar”, comentou Weintraub.

O orçamento com as novas bolsas está previsto em R$22 milhões ainda para 2019, com a liberação dos benefícios a partir de setembro de acordo com o calendário de cada universidade. De acordo com o presidente da Capes, o impacto para 2020 está previsto em R$600 milhões. O valor não está previsto no Orçamento de 2019, o que configura novos processos seletivos para as bolsas de estudo e não uma retomada dos projetos já aprovados.

Weintraub, no entanto, não deu mais explicações sobre de onde veio o valor concedido pelo Ministério da Economia – rumores que vieram inclusive do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apontaram de que valores do fundo da Operação Lava Jato poderiam ser utilizados para novas bolsas ainda este ano. “A gente está com muita confiança no equacionamento. Os detalhes, a gente tem que esperar do Orçamento Geral da União”, disse o ministro.

“Eu assumo o erro, mas não fui eu que escrevi”

Abraham Weintraub criticou, em suas falas, a maneira como os cortes anunciados foram veiculados pela mídia, e chegou a afirmar que os “errinhos” do documento enviado ao Ministério da Economia – que incluíam paralisação com ‘z’ – não foram cometidos por ele. “Tinha até uns errinhos de português. É do MEC, eu assumo o erro, mas não fui eu que escrevi”, afirmou.

“A gente está buscando garantia fiscal, garantir que o que será pago, será pago até o final. Não houve um dia de trégua. Esse terror, esse pânico em nada ajuda as pessoas, só atrapalha”, comentou.

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Fonte cartacapital
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