Setor de alimentação lidera criação de empresas em 2022
Abertura média de 1.109 companhias por dia útil é motivada por retorno financeiro rápido e baixo investimento
A busca por retorno financeiro rápido a partir de um baixo investimento fez com que o segmento de alimentação, que engloba as atividades de bares, restaurantes, lanchonetes e food trucks, liderasse o ranking de criação de novas empresas em 2022.
De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, o ramo ganhou 278.247 novos estabelecimentos registrados ao longo de todo o ano passado, o equivalente a uma média de 1.109 companhias criadas por dia útil.
Entre as 3,867 milhões de novas empresas abertas no Brasil em 2022, o setor de serviços responde por sete de cada dez registros (69,7%), seguido pelo comércio (22,3%) e pela indústria (6,8%). Outras 1,2% companhias abertas foram classificadas em áreas que incluem segmentos primário e financeiro.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que a atratividade da categoria de alimentação surge devido ao baixo investimento inicial e o rápido retorno. “Isso as tornam alternativas atrativas, além do setor possuir alta demanda em todas as épocas e dificilmente não estar presente na rotina do consumidor”, avalia.
FONTE: SERASA EXPERIAN
Na análise entre o local de abertura das empresas, o estado de São Paulo foi onde mais surgiram novos negócios em 2022, totalizando 1,1 milhão de registros. Em segundo lugar, está Minas Gerais, com 404.115. Amapá e Roraima fecham a lista, com as menores taxas de aberturas no ano.
No que diz respeito à natureza jurídica dos novos negócios, os MEIs (Microempreendedores Individuais), responsáveis por 30% do PIB (Produto Interno Bruto), continuaram sendo a principal escolha na hora de formalizar um negócio no fim de 2022.
O vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Cleber Genero, explica que “a modalidade oferece muitos benefícios para quem está começando, como cadastro gratuito de CNPJ, baixo custo mensal, tributação reduzida, além de garantir os direitos ao trabalhador, como a Previdência Social”.