Cientista brasileira entra em lista de mulheres mais influentes de 2021

Ao lado de nomes ilustres como Malala Yousafzai, Prêmio Nobel da Paz, Heide Larson, professora chefe do Vaccine Confidence Project, e Chimamanda Ngozi Adichie, escritora aclamada, está o de uma brasileira, a cientista Natalia Pasternak.

Lista divulgada anualmente pela BBC é parte do projeto 100 Women e homenageia mulheres inspiradoras e influentes. Esse ano foram destacadas personalidades que estão reinventando nossa sociedade, cultura e mundo — ou seja, que estão fazendo um ‘reset’.

Cientista Natalia Pasternak em depoimento na CPI da Covid (Fonte: Agência Senado/Jefferson Rudy)
Fonte: Agência Senado

Natalia Pasternak é microbiologista, pesquisadora e divulgadora científica. Segundo a BBC, seu nome foi incluído pelo seu trabalho crucial de combate à desinformação no país durante a pandemia de covid-19, através de colunas de jornais e programas de rádio e TV. No twitter, a pesquisadora agradeceu à menção.

A cientista possui um extenso currículo acadêmico, com doutorado pela Universidade de São Paulo em genética de bactérias, e foi convidada para trabalhar no laboratório do pesquisador Stuart Firestein, renomado neurocientista, na Universidade de Columbia, em Nova York.

Pasternak também é fundadora do Instituto Questão de Ciência (IQC), organização sem fins lucrativos. O IQC se dedica a coletar e difundir evidências científicas como forma de embasar a tomada de decisões em políticas públicas no país.

Mulheres do Afeganistão

Metade da lista deste ano é composta por mulheres do Afeganistão, iniciativa inédita. Algumas dessas aparecem sob pseudônimo e sem fotos, para proteger sua segurança pessoal.

Em agosto, o controle do país foi retomado pelo Talibã, grupo mulçumano extremista. O novo governo promoveu reformas que restringem os direitos das afegãs: o Ministério para os Assuntos da Mulher foi dissolvido, mulheres foram expulsas do mercado de trabalho e meninas perderam o direito de receber educação de nível médio.

A lista da BBC busca reconhecer a coragem e as conquistas das cidadãs do Afeganistão que foram forçadas a ‘resetarem’ a própria vida.

Processo de escolha

Os nomes são selecionados pela equipe do projeto 100 Women com base em candidatas que chegaram às manchetes de jornais pelo mundo nesse ano.

São incluídas mulheres que participaram de eventos importantes, atingiram conquistas significativas, com histórias inspiradoras ou que influenciaram mudanças na sociedade.

Em seguida, o conjunto de nomes reunido é avaliado em relação a um tema proposto. Esse ano, o foco foi dado a pessoas que querem reiniciar e reinventar o mundo após a pandemia. A seleção também leva em conta a representação regional da lista, evitando imparcialidades.

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Fonte tecmundo
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