Ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, nega ilegalidades apontadas na ação da PF

Operação foi deflagrada nesta quinta-feira, 17, contra grupo suspeito de corrupção e desvio de recursos públicos da saúde e educação em contratos com o município.

Em nota à imprensa, o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, afirma que a Operação Trailhawk, desencadeada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 17, “expõe a banalização midiática e a clara perseguição política” que o tem atingido e que o deixa indignado. Segundo o ex-prefeito, a exemplo do que já ocorreu no passado, a nova operação acontece há cerca de um ano das eleições municipais. Dimas afirma que está sendo alvo de ilações sem qualquer sentido.

 

Dimas nega que as locações de veículos, as quais a Operação da PF investiga, ocorreram dentro do que rege a lei, inclusive com valores totalmente compatíveis ao mercado e até mesmo abaixo do que pagam outros órgãos públicos. (veja a nota completa ao final da matéria)

 

Operação Trailhawk

 

A Operação Trailhawk da Polícia Federal  foi deflagrada na manhã  desta quinta-feira, 17, A ação, conforme a PF, deu início à etapa ostensiva de investigação de fatos relacionados a associação criminosa envolvida com a prática de fraudes a licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de capitais.

 

Durante a investigação criminal, a Polícia Federal contou com a cooperação institucional da Controladoria Geral da União, que realizou fiscalização sobre os contratos suspeitos.

 

O Inquérito Policial identificou diversos indícios e provas de direcionamento de procedimentos licitatórios e superfaturamento em contratos firmados com a Prefeitura de Araguaína, cujo objeto era a contratação de empresa especializada na locação de veículos. Calcula-se que a empresa contratada recebeu do ente municipal no período de 2014-2021, repasses de valores que ultrapassam o montante de R$ 9,4 milhões.

 

Nessa etapa da investigação, os policiais federais cumpriram nas cidades de Araguaína/TO e Balsas/MA 08 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Araguaína/TO.

 

Os indiciados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude à licitação, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de capitais, cujas penas somadas podem chegar a 41 anos de reclusão

 

O nome da operação faz alusão ao modelo de um veículo de elevado valor, o qual teria sido dado como propina e possível esquema de lavagem de dinheiro.

 

Em nota enviada ao T1 Notícias, a Prefeitura de Araguaína disse que “a Procuradoria Geral do Município ainda não foi notificada oficialmente sobre a investigação e que tomou conhecimento do fato pela imprensa”. Disse, ainda, que “o município sempre prezou pela transparência dos processos licitatórios e contratos, que são feitos com preços equivalentes aos praticados no mercado e por outras cidades, órgãos ou instituições públicas do Tocantins”.

 

NOTA À IMPRENSA

 

A operação desta quinta-feira, 17 de agosto, em Araguaína expõe a banalização midiática e a clara perseguição política que tem me atingido e que indigna, revolta e fere o senso de justiça. A exemplo do que já ocorrera no ano passado, agora, novamente há cerca de um ano da eleição, estou sendo alvo de ilações sem qualquer sentido, com absoluta ausência de indícios e questionamentos que poderiam ser facilmente solucionados sem qualquer necessidade do que ocorreu hoje.

 

Resta claro que há setores influenciados pela política que querem rotular uma gestão transformadora de oito anos à frente da segunda maior cidade do Estado em algo nefasto. Todos os meus atos como gestor público ocorreram dentro da legalidade e observaram os bons princípios, como os de economicidade, qualidade e respeito à coisa pública.

 

A operação em questão tenta fazer ligação entre as locações de veículos realizadas pela Prefeitura de Araguaína e um dos veículos locados para a pré-campanha a governador, como se o mesmo fosse doação para minha pessoa. Um completo absurdo, pois ambas contratações ocorreram dentro do que rege a lei, inclusive com valores totalmente compatíveis ao mercado e até mesmo abaixo do que pagam outros órgãos públicos.

 

O carro em questão foi alugado legalmente e todos os pagamentos foram feitos mediante nota fiscal, via transferências bancárias, com comprovações feitas no processo anterior, e devolvido à locadora antes mesmo da eleição, o que derruba qualquer tese de vantagem ilícita.

 

 

Repito! Tudo devidamente pago, com preços de mercado e notas fiscais!

 

As tentativas por parte desses que me perseguem, utilizando antigos e venais métodos, inclusive confundindo o Judiciário e trabalhando arduamente para tentar sujar meu nome não vão ficar sem respostas. Já fui muito prejudicado no passado em um momento crucial de definições de alianças e, agora, esses setores voltam à carga.

 

Vou, com mais austeridade, buscar todas as opções necessárias para responder a esses abusos e injustiças que estão cometendo comigo.

 

Ronaldo Dimas

Engenheiro civil e ex-prefeito de Araguaína

 

Confira a nota na íntegra:

 

A Prefeitura de Araguaína informa que a Procuradoria Geral do Município ainda não foi notificada oficialmente sobre a investigação e que tomou conhecimento do fato pela imprensa.

 

Informa ainda que o Município sempre prezou pela transparência dos processos licitatórios e contratos, que são feitos com preços equivalentes aos praticados no mercado e por outras cidades, órgãos ou instituições públicas do Tocantins. 

 

Mesmo assim, a Prefeitura de Araguaína se coloca à disposição ativamente com a investigação da Polícia Federal, fornecendo todas as documentações e informações necessárias para que o fato seja devidamente esclarecido.

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Fonte t1noticias
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