Líder do governo não descarta prorrogar mandato de prefeitos

Senador Eduardo Gomes (MDB-TO) afirmou que adiamento das eleições para o dia 15 de novembro "pode não ser o suficiente"

O 2º secretário da Mesa Diretora do Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou nesta segunda-feira (22), durante a Live JR, que o processo eleitoral deste ano “está completamente prejudicado” pela pandemia do novo coronavírus.

“Se as eleições forem adiadas para o dia 15 de novembro, pode não ser o suficiente. Esta eleição já está fortemente prejudicada”, disse o líder do governo aos jornalistas Eduardo Ribeiro, Giovanna Risardo e Renata Varandas.

Diante da situação, Gomes não descarta a possibilidade de prorrogação dos mandatos de prefeitos e vereadores. “Eu não duvido nada que a gente comece a discutir a prorrogação dos mandatos. Essa possibilidade já começa a ganhar força, porque as pessoas começam a entender que não é possível mudar o imponderável”, avaliou.

Na análise do senador, 1.213 prefeitos têm mais de 60 anos, sendo que 1.040 têm direito à reeleição. “Eles simplesmente não vão poder fazer campanhas’, observou ele, que vê uma eleição restritiva como mais prejudicial à democracia do que a prorrogação do pleito.

Para o senador, o possível adiamento das eleições poderia servir como uma forma de aprovar mudanças no sistema político. “Não seria desperdício abrir espaço para um debate e quem sabe iniciar uma reforma política mais ampla a partir da unificação dos mandatos”, ponderou ele ao defender o fim das eleições a cada dois anos.

Caso Queiroz

A comentar a respeito da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Gomes disse que o tema não aparece entre as prioridades do Congresso Nacional. “A gente entende que esse assunto não entra entre as prioridades do Senado e da Câmara”, pontou,

“Quando nós soubemos da prisão do Queiroz, fizemos três ou quatro reuniões. Há um convencimento de que esse assunto terá começo, meio e fim na justiça do Rio de Janeiro”, avaliou o senador.

Na avaliação de Gomes, tema só pode ser levado à Comissão de Ética da Casa caso exista alguma denúncia de parlamentares ou partidos. Para ele, a medida causaria efeitos negativos por muitos parlamentares responderem por questões anteriores e que não estão relacionadas ao exercício do cargo de senador.

Ministro da Educação

Questionado sobre a nomeação de um substituto de Abraham Weintraub no Ministério da Educação, Gomes disse ter confiança na decisão a ser tomada por Bolsonaro.

O senador pediu que o futuro comandante da pasta dialogue mais para cuidar da agenda do setor. “Basta que o ministro exerça a capacidade de diálogo com as várias correntes do Congresso Nacional, com os 27 secretários de Estado e com as prefeituras brasileiras”, afirmou Gomes.

O líder do governo prevê que o anúncio do novo titular do Ministério da Educação deve acontecer “nas próximas horas”.

As entrevistas da Live JR acontecem todas as segundas e sextas-feiras. O público pode acompanhar ao vivo na Record News, pelo R7 e pelas redes sociais do Grupo Record. Além disso, haverá exibição de trechos no Jornal da Record e no Fala Brasil.

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Fonte r7
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